24 de julho de 2008

Dama de Negro

Interrompemos o curto período de férias deste blogueiro para postar outra preciosidade, em nossa humilde opinião:



Lady in Black
(Uriah Heep)

She came to me one morning
One lonely sunday morning
Her long hair flowing
In the midwinter wind
I know not how she found me
For in darkness I was walking
And destruction lay around me
From a fight I could not win
Ah ah ah ...

She asked me name my foe then
I said the need within some men
To fight and kill their brothers
Without thought of love or god
And I begged her give me horses
To trample down my enemies
So eager was my passion
To devour this waste of life
Ah ah ah ...

But she wouldnt think of battle that
Reduces men to animals
So easy to begin
And yet impossible to end
For shes the mother of our men
Who counselled me so wisely then
I feared to walk alone again
And asked if she would stay
Ah ah ah ...

Oh lady lend your hand outright
And let me rest here at your side
Have faith and trust
In peace she said
And filled my heart with life
There is no strength in numbers
Have no such misconception
But when you need me
Be assured I wont be far away
Ah ah ah ...

Thus having spoke she turned away
And though I found no words to say
I stood and watched until I saw
Her black coat disappear
My labour is no easier
But now I know Im not alone
I find new heart each time
I think upon that windy day
And if one day she comes to you
Drink deeply from her words so wise
Take courage from her
As your prize
And say hello from me
Ah ah ah ...

16 de julho de 2008

Nunca dantas na história deste país ...

Antes que o nojo me impeça de raciocinar direito e acabe falando besteiras, é melhor reproduzir esse texto do Hermenauta:

_ Ô, Protógenes!

Protógenes levantou a cabeça por cima da parede do seu cubículo e avistou o seu chefe fumegando em sua direção. “Malditas segundas feiras”, pensou.

_ Porra, Protógenes!

Junto com o expletivo, aterrisou na mesa de Protógenes um enorme calhamaço, jogado pelo seu chefe de uma distância que em outro lugar valeria uma cesta de 3 pontos.

_ Qual o problema, chefe? _ murmurou um acuado Protógenes.

_ Tu ainda me pergunta qual é o problema?? Qual é a tua? Depois de quatro anos de investigação, milhares de horas homem de trabalho, cinquenta grampos autorizados pela Justiça…tu me aparece com isso?

O chefe pegou o calhamaço e o agitou na frente de seu rosto, de modo que Protógenes só conseguia ver o título do documento _ “Investigação acerca da eventual culpabilidade de Daniel Dantas: o Poder de Polícia, seus Limites e Possibilidades” _ encimado por um par de olhos vermelhos e coléricos.

_ Que porra é essa, Protógenes???

_ Bom, chefe, é o relatório final da operação Satiagraha e…

_ Porra, Protógenes! Isso não é um relatório de um inquérito, é uma tese de doutorado!

_ É, chefe, eu aproveitei e…

_ Aproveitou uma ova! Teu relatório tem dedicatória, Protógenes! DE-DI-CA-TÓ-RI-A! Quer que eu leia pra você?

Antes que Protógenes pudesse dizer que não, que ele conhecia a dedicatória muito bem, afinal havia sido ele quem a escreveu, o chefe começou a berrá-la a plenos pulmóes:

_ “Gostaria de dedicar este relatório a meus filhos, minha mulher, meu professor de lógica modal e a Daniel Dantas, sem cuja colaboração este relatório jamais poderia ter sido escrito”…

_ Mas, chefe, é verdade, veja bem que…

_ PORRA, Protógenes, eu sei que você é cuidadoso, todo mundo neste maldito prédio sabe, mas agradecer o suspeito já é demais, você não acha não?

_ Tecnicamente, chefe, o Daniel Dantas não é bem um suspeito, porque tecnicamente, dependendo do valor de verdade…

_ CALABOCA, Protógenes!

_ Mas chefe, o fato é que o Dantas é fruto do seu meio, uma típica personalidade criada por um mundo materialista que…

_ Protógenes, enfia essa sua filosofia no cu! Eu quero é saber se o juiz vai prender o Daniel Dantas ou não vai, cacete!

_ Chefe, o sistema jurídico, tal como plasmado em nossa sociedade…

_ PORRA, Protógenes! Eu quero saber o seguinte: você fez o Dantas tocar o piano ou não?

_ Chefe, o Sr. sabe muito bem que não dispomos destas amenidades aqui na delegacia e…

_ Não fode, Protógenes!

O chefe saiu zunindo, sabendo que daí a meia hora teria que se haver com um furioso Ministro da Justiça. Protógenes sentou no seu cúbiculo, coçou a cabeça um pouco, e retomou a leitura do seu exemplar de “After the Fact”, do Clifford Geertz.



P.S. Título do post inspirado por Juca Kfouri .

12 de julho de 2008

Por falar em Dantas...

Depois de tudo que aconteceu (e ainda acontecerá), eu acho melhor rir um pouco dessa loucura que está acontecendo nos subterrâneos do país.

Com a palavra, Nelson Moraes, no seu impagável Ao Mirante, Nelson! :

" O preso e dublê de banqueiro Daniel Dantas, após inúmeras idas e vindas na vara criminal, foi, às 16h30min de hoje, acometido de um orgasmo súbito. Depois, ao acender um cigarrinho, virou-se para a Polícia Federal e perguntou se tinha sido bom para ela também. Outros dois indiciados pela operação Satiagraha (que em sânscrito significa “Posição da libélula de quatro fazendo polichinelo ou então é o contrário”), Naji Nahas e Celso Pitta, ao ver aquilo, também solicitaram ávidos ao STF sua participação no entra-e-sai – porém, estranhamente, só saíram e não conseguiram entrar de novo. “Isso nunca nos aconteceu antes”, desabafaram cabisbaixos para a imprensa. Já Dantas, perguntado sobre se preferia penetrar na cela com ou sem algemas, foi categórico: “Com algemas e roupa de couro preto, óbvio”. Agora, enquanto aguarda os resultados das investigações sobre lavagem de dinheiro, Dantas faz piada com os outros dois acusados: “Eu, que sou esperto, só lavo. O negócio é que o Nahas e o Pitta, além de ensaboarem, ainda põem pra secar!” Advertido sobre a afronta que isso constituiria à inteligência de ambos, Dantas foi taxativo: “Eu perco os amigos mas não perco a opportunity!


Ou então, essa charge, do charges.com.br :




Quem quiser coisa (muito) séria sobre o tema, recomendo o Terra Magazine e o Biscoito Fino e a Massa.

10 de julho de 2008

Senado aprova lei que ameaça a liberdade da Internet

Mais uma vez o analfabetismo digital, a burrice pura e simples e sabe-se lá quais outras coisas, andaram de mãos dadas na aprovação pelo Senado do horrendo projeto do Sen. Eduardo Azeredo (diga lá, mensalão mineiro e Daniel Dantas...) que pretende regulamentar o uso da Internet no Brasil, especialmente tipificando possíveis crimes cometidos com a utilização da Web.

Não sou especialista na área, então me socorro do que outros mais bem equipados escreveram sobre o assunto, como o Pedro Doria (aqui e aqui) , o Sergio Amadeu e o Marcelo Träsel.

Mas, resumindo, muita coisa que qualquer internauta faz corriqueiramente (mesmo sem intenção de obter vantagem econômica) passará a ser considerado crime. E os provedores passarão a ser dedo-duros obrigatórios.

Está correndo essa Petição On-line contra o projeto. O alvo agora tem que ser a sensibilização de nossa bancada de Deputados Federais para que algumas das loucuras do projeto sejam retiradas. Não será fácil, especialmente com os deputados que temos e tão bem conhecemos... Mas não dá pra cruzar os braços.



7 de julho de 2008

Os políticos e suas histórias malucas

Em qualquer lugar do mundo os políticos tem uma tendência incrível de se meter em confusões e histórias mal-contadas, especialmente se tratando de questões sentimentais/conjugais. Aqui mesmo no Brasil os exemplos são fartos, indo de ex-Presidentes da República, passando por ministros, senadores, deputados e demais congêneres. Mas a história que eu quero narrar aconteceu nos Estados Unidos. Vocês dirão: "Ora, lá é que esse tipo de coisa acontece com frequência...". Sei disso, mas os detalhes desta valem a pena.

Tudo começou em maio deste ano quando o Representante (deputado federal) Vito Fossella, que ocupava uma cadeira pelo distrito de Staten-Island, Nova York, foi detido em uma blitz de trânsito. Fossella, o único republicano da bancada do estado (alías, de toda a Nova Inglaterra), avançou um sinal vermelho no estado da Virgínia, claramente bêbado. Para os guardas, ele alegou que estava indo ver "meu filho doente". Ocorre que a casa de Fossella fica em Staten-Island, totalmente fora do trajeto. Minutos depois, como o carro e a carteira de motorista ficaram retidos, Fossella foi resgatado por uma misteriosa mulher. Ela foi posteriormente identificada como uma ex-coronel da Força Aérea americana, mãe solteira de uma menina de três anos.

A partir daí o mundo de Fossella começou a desabar, e o até então defensor dos valores tradicionais e conservadores foi obrigado a desistir de concorrer a reeleição em Novembro próximo.

Se a história parasse por aqui ela seria apenas mais uma entre muitas do mesmo tipo. Mas os desdobramentos foram, no mínimo, estranhos.

A direção local do Partido Republicano convenceu um empresário milionário, Frank Powers, a candidatar-se à vaga de Fossella. Powers poderia bancar sozinho quase toda a campanha e era razoavelmente conhecido no distrito. Entretanto, a coisa ficou engraçada quando o filho de Powers, Frank Jr. , resolveu concorrer contra o pai pelo Partido Libertário (sim, isso existe!). Os republicanos ficaram alarmados com o espectro de uma luta pai X filho, e só acalmaram-se quando Frank Jr. perdeu a eleição primária dos libertários.

Tudo então parecia caminhar tranquilamente quando, em 21 de junho, Frank Powers sofreu um ataque cardíaco fulminante e veio a falecer.

Resumindo, o prazo final para a indicação dos candidatos é no próximo dia 10 de julho, e até agora os republicanos não conseguiram achar ninguém para se candidatar ao que parece ser uma cadeira maldita.

E os democratas estão deliciados vendo a eleição cair no seu colo...


5 de julho de 2008

As melhores introduções do Rock (atualizado)

Dias atrás, uma das poucas e bondosas pessoas que acompanham esse espaço com habitualidade me questionou num comentário do post Tangerine sobre qual seria a melhor introdução da história do rock. Introdução musical, claro... E citava The Song Remains the Same, do Led Zeppelin.

Juro que nunca havia parado para pensar no assunto com mais vagar, e mesmo agora que parei não consegui chegar a uma conclusão definitiva. Nem quando pedi, literalmente, ajuda aos universitários, no caso meu filho de 17 anos. Primeiro, porque o campo é vastíssimo, indo do bom e velho rock'n roll de raiz até suas vertentes mais transloucadas, nos extremos do death-metal.

Por isso, achei melhor abrir a discussão e pedir que vocês, leitores, ajudem a montar uma lista com as melhores, mais marcantes e mais conhecidas introduções da história do gênero musical mais revolucionário do último século. Vale tudo, inclusive baladões perpetrados por grupos de rock. E desde rápidas introduções de menos de 10 segundos até verdadeiras odisséias de mais de 1 minuto e meio.

Como contribuição pra iniciar a discussão, lá vai uma listinha rápida, sem nenhum tipo de ordenação. É o básico do básico, mais ou menos o que está na cabeça de quem gosta do assunto:

- Have a Cigar (Pink Floyd)
- The Song Remains the Same (Led Zeppelin)
- Shine on You Crazy Diamond (Pink Floyd)
- Nothing Else Matters (Metallica)
- Wish You Were Here (Pink Floyd)
- Close to the Edge (Yes)
- Baby I'm Gonna Leave You (Led Zeppelin)
- Stairway to Heaven (Led Zeppelin)
- Layla (Eric Clapton)
- Smoke on the Water (Deep Purple)
- Fade to Black (Metallica)
- While My Guitar Gently Weeps (The Beatles)


E, por favor, ninguém me venha com Ilariê, da Xuxa. Nos poupem desse crime...


Atualização:

Aí vão as ótimas sugestões dos frequentadores desta birosca:

- Johnny be Goode (Chuck Berry)
- Rock You Like a Hurricane (Scorpions)
- Baba O'Rilley (The Who)
- America (Yes)
- YYZ (Rush)
- Aces High (Iron Maiden)
- Time (Pink Floyd)
- N.I.B (Black Sabbath)
- Immigrant Song (Led Zeppelin)
- Thunderstruck (AC/DC)
- Midnight From the Inside Out (Black Crowes)
- Killing Moon (Echo & the Bunnymen)
- Enter Sandman (Metallica)

P.S. A escolha dos vídeos que ilustram nossa listinha foi feita um pouco apressadamente. Qualquer um que tenha sugestões melhores, favor informar a Gerência, a qual agradece por antecipação.